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Mais Luz para a Amazônia precisa de até 12 milhões de sistemas solares#

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Estudo do Iema aponta ainda que meta de universalização de energia na Amazônia pode gerar grande passivo de resíduos dos equipamentos solares. 
Para atender as metas de universalização dos serviços de energia elétrica do programa federal Mais Luz para a Amazônia (MLA), seria necessária a implantação de 3 milhões a 12 milhões de sistemas isolados de geração solar fotovoltaica, a depender da tecnologia adotada. A conclusão é de estudo do Iema - Instituto de Energia e Meio Ambiente, divulgado nesta quarta, 4 de maio.
No cálculo, o estudo leva em consideração a meta do MLA de levar eletricidade a 219.221 unidades consumidoras ― residências, escolas e postos de saúde ― em regiões remotas da Amazônia e desconectadas do SIN - Sistema Interligado Nacional.
O cenário de 3 milhões de sistemas envolveria a implantação dos SIGFIs (Sistema Individual de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente) de 45 kWh/mês e com bateria de íon-lítio. Já o cenário para 12 milhões seria para os SIGFIs de 180 kWh/mês com bateria de chumbo-ácido. A diferença no volume de equipamentos entre as duas tecnologias se deve ao fato de as baterias de íon-lítio terem maior capacidade de armazenamento de energia.
Segundo o estudo intitulado "Sistemas Fotovoltaicos na Amazônia Legal: avaliação e proposição de políticas públicas de universalização de energia elétrica e logística reversa”, se a meta for cumprida, em 2030 a capacidade instalada total atingirá 363 MWp com o padrão SIGFI 45, e 1.381 MWp com o SIGFI 180.
A análise do Iema também estimou quando e quantos resíduos devem ser gerados com os dois tipos de sistemas, o que pode ser uma preocupação, tendo em vista principalmente as baterias. No final da vida útil, em um período de 32 anos, seriam produzidas entre 71 mil e 237 mil toneladas de resíduos. O SIGFI 180, com as baterias de chumbo-ácido, geraria cerca de 7 mil t/ano, o que corresponde a quase o dobro dos resíduos eletrônicos coletados no Brasil em 2021. Já os SIGFIs 45, com bateria de íon-lítio, corresponderiam a 2.007,18 toneladas.
Os estados do Acre, Amapá e Amazonas gerariam a menor quantidade anual de resíduos por habitante, de acordo com o estudo, ao longo dos 32 anos analisados. Já Mato Grosso, Rondônia e Tocantins seriam os maiores geradores de resíduos por habitante.
O Pará, onde há mais unidades consumidoras a serem atendidas, teria 2,2 kg/hab/ano de resíduos com sistemas SIGFI 45, o que aumentaria para 7,3 kg/hab/ano com o SIGFI 180. No Mato Grosso, com a menor meta de atendimento e menos habitantes por unidades consumidoras, se teria a maior quantidade de resíduos gerados: 2,7 kg/hab/ano nos SIGFI 45 e 8,9 kg/hab/ano nos SIGFI 180.
Em específico sobre os resíduos de baterias, as de íon-lítio gerariam de 37 mil a 61 mil toneladas. Já as baterias de chumbo-ácido podem produzir 90 mil toneladas de resíduos no sistema de 45 kWh e mais de 110 mil toneladas no sistema de 180 kWh. O estudo alerta, nesses casos, para o fato de que a logística reversa que poderia atender a essa demanda futura é praticamente inexistente na Amazônia Legal: apenas 58 dos 808 municípios contam com o serviço.
O estudo completo pode ser baixado do site do Iema: https://energiaeambiente.org.br.

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